Boa noite gente! Vim dividir com vocês uma matéria que achei muito interessante ,sobre Jeanne Gang, a primeira a mulher que desenhou um arranha-céu. A arquiteta americana Jeanne Gang enxerga na dobradinha verticalização + sustentabilidade a saída para metrópoles superpovoadas.
A visão extraordinária das
formações rochosas do Grand Canyon, no Arizona, das superestradas e pontes da
América nunca saiu do imaginário de Jeanne Gang. Dessas férias com a família,
durante a infância, nasceu a vontade de seguir o caminho do pai e torna-se
engenheira. Ideia abandonada, em parte, logo depois. Curiosa por natureza e
disposta a mover montanhas para construir um admirável mundo novo, acabou
seduzida pelo potencial transformador da arquitetura. “É como um hardware, um
influenciador poderoso, mas necessita, entretanto, de um bom software que são as políticas e os programas de apoio comunitário para mudar comportamentos”, diz. Formada pela Harvard University, mirou seus estudos em direção ao urbanismo, aos materiais, à ecologia e à tecnologia. Esse mix de conhecimentos deu forma à Torre Aqua, arranha-céu de 262 m de altura e delicadas fachadas onduladas que risca serenamente o céu de Chicago. Bem diferente dos vizinhos, o edifício multiuso de metal, concreto e vidro rompe com o padrão de construções de linhas retas e superfícies lisas, lançando novo paradigma à arquitetura local. Expressão do olhar visionário da comandante-chefe do Studio Gang Architects, o prédio mais alto do mundo já concebido por uma mulher trouxe Jeanne para o olho do furacão. Afinal de contas, arranha-céus são os inimigos número 1 de cidades mais humanas? Voz dissonante, entre muitas outras, da tese defendida pelo aclamado urbanista dinamarquês Jan Gehl, ela segue em direção oposta. Para a arquiteta, que vive numa das áreas mais densas do mundo, delineada por um skyline de construções altíssimas, a resposta é um sonoro não! “Quem não gosta de montanhas, que são muito maiores do que a escala humana?”, indaga. “Edifícios altos são essenciais para o futuro das cidades, cuja população cresce a uma incrível velocidade. Com bom desenho, é possível erguer torres humanizadas.” Em seu projeto famoso, já alçado a ícone, ela deu atenção especial às aves, uma de suas paixões. Adotou barras irregulares nas janelas para impedir a colisão dos pássaros com os vidros. “O Aqua responde ao ambiente onde foi construído”, explica. “Suas varandas permitem que os moradores entrem em contato com o entorno.”
TORRE AQUA
Dona de um discurso engajado, essa americana de Illinois não poupa críticas duras ao desequilíbrio no planeta, corroído pelo consumo e pela poluição fora de controle. “Sem sustentabilidade, não poderemos ter prosperidade nunca”, assegura. “Não importa o lugar, é urgente a necessidade de investirmos em infraestrutura verde. Em matéria de clima e energia, São Paulo e Nova York, por exemplo, podem seguir o mesmo caminho.” E essa estrada passa, na sua opinião, por criar fontes alternativas de energia e sistemas de tratamento de água. Concentrar a ocupação, como fez Chicago, e melhorar a mobilidade são outras alternativas que se mostram eficazes. Contudo, o exemplo mais recente (e alentador) são os quilômetros e quilômetros de ciclovias. Um modelo que alguns paulistanos corajosos teimam em seguir numa malha viária muito mais amistosa com os automóveis. “É uma forma de melhorar o trânsito sem investir na construção de novas vias ou de linhas de metrô”, avalia. A melhor lição de Jeanne, porém, é que seu discurso tem ressonância prática.
Então,é isso gente, Jeanne Gang é ótima inspiração para nós futuras arquitetas.
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